O bairro Benfica, na capital cearense, tem lugar privilegiado na história de Fortaleza. Segundo Vasconcelos Jr. (2000), até os anos 50 do século passado, juntamente com Jacarecanga, o Benfica era o bairro de preferência da burguesia fortalezense, representada por famílias como a do engenheiro José Thomé Sabóia, a família Manso Valente e a família de José Gentil, antiga proprietária dos prédios que hoje pertencem à Universidade Federal do Ceará, como a Reitoria e as Casas de Cultura Estrangeira. A preservação do modelo arquitetônico dos palacetes e mansões, bem como de parte da flora original, contribuiu para que, mesmo com a modernização do bairro – marcada, fundamentalmente, pela presença da Universidade Federal do Ceará, além da construção da antiga Escola Técnica Federal (atual Instituto Federal de Educação Tecnológica – IFCE), do estádio Presidente Vargas e ginásio Aécio de Borba, e, mais recentemente, de um shopping center e das instalações (continuamente suspensas) do projeto de metrô da cidade, o METROFOR – , o Benfica seja uma singular ilustração de que – conforme lembra Vasconcelos Jr. (2000) – o "velho" convive com o "novo" .
(FONTE: MUNIZ, Cellina Rodrigues. "A experiência pedagógica de uma escritura dionisíaca". Tese de doutorado em Educação. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2009.),
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