FABULAZINHA
ORDINÁRIA
Era uma
roseirinha miúda, dessas que florescem em várias cores. Mas até florescer, o
jardineiro que a trouxe teve que suar. Muito cuidado e apuro, atenção e
palavras doces todos os dias. E troca a água. E troca a terra. A princípio,
parecia que ela não ia vingar, trazida de feira distante, amarrotada em solavancos
de viagem, todo aquele terror da mudança de vasos e ares.
Mas viveu.
E o jardineiro, herói vencedor que afirma a vida, rejubilou-se. Foi em uma
manhã, em que se percebendo maior, notou a roseira, mesmo que miúda, vivente, e
assim vivente, vencida. Ele domou a morte e a pequena roseira brava então viveu.
Viveu sim.
Mas eis aí
o começo do fim. O movimento que não cessa, enfim.
O
jardineiro, longe do desafio de torná-la rosa mais viçosa, foi como que se
apodrecendo aos poucos, inteiro por fim. Envergado, feio e murcho, foi
desanimando até virar galho seco. A água vinha com menos frequência. Com menos
carinho a palavra para saudar o sol. Adeus, rosa bravia, parecia dizer a cada
dia.
Até que num
suspiro de tédio e saudade, a roseirinha tomou da decisão: na primeira brisa da
primeira tarde de setembro, despetalou-se, a roseira se despetalou e virou
vento. E ficou sendo só lembrança de felicidade.
DRAMAS DO
TEMPO PRESENTE:
O que fazer
quando se está sozinho em casa e não se consegue abrir a garrafa de vinho de
jeito maneira?
a-) Se
contentar com a única latinha de cerveja da geladeira
b-) Pular
da janela
c-) Ir
escrever qualquer tolice no facebook e (ver outras tb)
MAIS UMA DE
AMOR? ORA, FAÇA-ME O FAVOR!
Você que,
afinal de contas freudianas, só pensa mesmo é em pau, cu e buceta: a vida não
se resume a isso, será preciso gritar? quantos buracos maiores no mundo? E cadê
o abismo mais digno por onde se atirar?
Hein? Fala,
Odete!
EGO- MÃE:
Entre o
querer-ser o próprio ID e o dever-ser o SUPEREGO da filha