quarta-feira, 31 de julho de 2013

ALGUMAS NOTAS: DESCABIDAS, PRETENCIOSAS

FABULAZINHA ORDINÁRIA
Era uma roseirinha miúda, dessas que florescem em várias cores. Mas até florescer, o jardineiro que a trouxe teve que suar. Muito cuidado e apuro, atenção e palavras doces todos os dias. E troca a água. E troca a terra. A princípio, parecia que ela não ia vingar, trazida de feira distante, amarrotada em solavancos de viagem, todo aquele terror da mudança de vasos e ares.
Mas viveu. E o jardineiro, herói vencedor que afirma a vida, rejubilou-se. Foi em uma manhã, em que se percebendo maior, notou a roseira, mesmo que miúda, vivente, e assim vivente, vencida. Ele domou a morte e a pequena roseira brava então viveu. Viveu sim.
Mas eis aí o começo do fim. O movimento que não cessa, enfim.
O jardineiro, longe do desafio de torná-la rosa mais viçosa, foi como que se apodrecendo aos poucos, inteiro por fim. Envergado, feio e murcho, foi desanimando até virar galho seco. A água vinha com menos frequência. Com menos carinho a palavra para saudar o sol. Adeus, rosa bravia, parecia dizer a cada dia.
Até que num suspiro de tédio e saudade, a roseirinha tomou da decisão: na primeira brisa da primeira tarde de setembro, despetalou-se, a roseira se despetalou e virou vento. E ficou sendo só lembrança de felicidade.

DRAMAS DO TEMPO PRESENTE:
O que fazer quando se está sozinho em casa e não se consegue abrir a garrafa de vinho de jeito maneira?
a-) Se contentar com a única latinha de cerveja da geladeira
b-) Pular da janela
c-) Ir escrever qualquer tolice no facebook e (ver outras tb)

MAIS UMA DE AMOR? ORA, FAÇA-ME O FAVOR!
Você que, afinal de contas freudianas, só pensa mesmo é em pau, cu e buceta: a vida não se resume a isso, será preciso gritar? quantos buracos maiores no mundo? E cadê o abismo mais digno por onde se atirar?
Hein? Fala, Odete!

EGO- MÃE:
Entre o querer-ser o próprio ID e o dever-ser o SUPEREGO da filha