Sem títulos
Do feriado é véspera
E eu, áspera,
Quero ser presa
De qualquer ser,
E, acesa,
Me arder
Até fogo consumado
Mar./2008
Cãobébado
Pra quê tu bebes, cão? Indaga nossa poetisa
Como que e quem também nada o soubesse!
Provocativa e serena como numa curta prece
E saio a catar uns versos na manga da camisa!
Cãobébado sei assim que não sei quase do nada
Em nada sabendo só tateio a imensidão do Eu
Só réstias de memória de tudo o que se sucedeu
Nessa embriaguez toda desmedida dessa estrada
Há início, quiçá um meio e é mais impreciso o fim
Uma temulência entre amigos de contumaz etilismo
Um desejo desenfreado de tiorga assim vez por outra
A ebriedade que vem sorrateira e nos invade por fim
E mais um pileque seja qual for o seu grau-estilismo
Depois só as ressacas com juras de nunca mais noutra!
Dedham Califa
Nov/MMXII
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