Alice N. pegou sua mochila e se mandou para um evento literário no litoral sul. Foi curtir uma zona libertária temporária. Tomou banho de mar, jogou seu fanzine entre os convivas, ouviu conversas sobre livros, encheu a cara... Na volta, acumulou algumas impressões.
Dentre elas, impressões sobre homens. Ou alguns exemplares dessa estranha raça.
Primeiramente, a raça dos ex-maridos. Se tem uma coisinha pior que marido, certamente é a de ex-marido. Ele chega para ficar dois ou três dias com os filhos e quando você volta encontra a casa uma zona, o computador desconfigurado e as plantas (que você implorou para serem regadas) amareladas e secas de sede. E você que lave a louça que ele sujou e compre o café que ele bebeu todo. Estranha a mania de se comportar ainda como se a mulher (pior, a ex-mulher) fosse a mamãezinha. Realmente, não dá para não concordar com aquela atriz: cuecas, agora, apenas sobre as cadeiras, nunca mais no guarda-roupa...
Segunda espécie: aqueles que saíram de um relacionamento recentemente e se esforçam quase histericamente para entrar de cabeça em outro. E pior: é com você! Em vez de pegar leve, sem desespero, faz questão de grudar e de não dar um minuto para sua solidão. E se você foge, por uns momentos, faz logo um muchocho e te esnoba na primeira oportunidade. Versão humana (?) e masculina do bichinho carente. Nada contra ser um maior abandonado mas sem coitadismos, né...
Terceira espécie: o hipócrita egoísta. Exige sem dar. Cobra sem retribuir. Só sabe dividir, nunca quer somar. O extremo oposto do anterior, finge ciúme mas o que sente mesmo é vaidade, porque acha que o mundo gira ao seu redor e que todos os sentimentos devem estar voltados exclusivamente para ele. Em outras palavras: um mané arrogante e babaca.
Alice N., pensando nesses casos, não tem dúvida: a certas companhias masculinas, melhor mesmo é ler um livro e tomar banho de mar.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, sem comentários, mas lembrei de alguns ex.
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