FIA
Era estrangulado o sorriso dela. Chegava-se e esgarçava a boca naquele jeito fia de ser, em busca de um trocado ou de atenção. Em uns, repúdio, em outros, graça. Outros também: indiferença.
Pulseiras de cigana. Cicatrizes pelo corpo.
- Fia, no que tu te fias?
Perguntavam os poetas do Beco, em noites alucinadas.
E enquanto seguiam, versos trôpegos noite adentro, o olhar perdido de Fia acompanhava a sombra dos gatos em noites perdidas da tal futurista cidade.
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