quinta-feira, 6 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
UM HAKAI PARA O DIA DE HOJE
AH!
O ROUXINOL
MESMO EM PRESENÇA DE UM PRÍNCIPE
SEU CANTO É O MESMO
(ISSA)
O ROUXINOL
MESMO EM PRESENÇA DE UM PRÍNCIPE
SEU CANTO É O MESMO
(ISSA)
RIMAS CHINFRAS
MORRER É DIFÍCIL
RENDER-SE É MAIS.
NÃO,
NÃO HÁ PAZ.
E EU SIGO.
***
NÃO TINHA QUE SALVAR A ÁFRICA,
NÃO TINHA QUE ENTENDER DE TUDO...
MAS SUA ALMA, MESMO RALA,
ERA DO TAMANHO DO MUNDO.
***
SE TUDO ACABA
POR QUE A DOR?
SE TUDO FIM
POR QUE O AMOR?
terça-feira, 4 de junho de 2013
UMA CARETA PARA OS CARETAS
Eles/Elas dizem: você não devia ter feito isso, você deve fazer assado... Tod@s têm sempre uma opinião formada sobre tudo, tod@s sabem sempre a fórmula exata.
Hoje esta postagem, tola mas sincera, vai como careta para os caretas muito nobres em suas certezas, muito certos em sua nobreza. Eu prefiro a honestidade dos que rolam abismo abaixo sem o peso das convenções e ao calor de suas paixões. Tolas, mas sinceras.
terça-feira, 14 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
RIMAS CHINFRAS
Não há verso
no inverso
em que volta e meia
me converto.
Eu, tão sem nexo,
Eu, tão lua cheia,
aquela que contempla
o pescador perverso
afogar-se na areia.
A VOLTA DE ALICE N.
Depois de um chá de sumiço, quando eu menos esperava, eis que ela simplesmente me aparece, o sorriso mais sonso na cara. Alice N. voltou.
- Cheguei!
Tentei ignorar, como quem não dá a mínima por sua existência. Ela nem te ligo, largou as tralhas no meio da sala (uma bolsa colorida cheia de livros, papeis e algumas roupas) e foi se despindo para o banho. Não parava de tagarelar, só coisas desencontradas e sem nenhum controle.
- É assim mesmo, meu bem - falou, como quem consola - vida de rotinas e vida de aventuras, não foi assim que falou o teu mestre?
Acabei caindo no truque:
- Nietzsche?
Em resposta, ela deu uma gargalhada gostosa e foi para o banheiro. Uma sonsa aquela Alice N. Uma irresponsável, uma cínica, uma egoísta...
Suas palavras não me davam sossego. E sua presença, novamente materializada depois de tanta ausência, eram um misto de inquietação e alegria.
Enquanto eu me organizava para a lida do dia seguinte (seria Leminski? Talvez, mas não era muito o estilo dele...), ela cantarolva no chuveiro uma canção italiana, muito inocente. Pensei em fuçar suas coisas, saber o que andara escrevendo e aprontando.
- Alice N., por onde você andou? - eu quis saber, vendo os pingos escorrendo do corpo dela e ensopando o chão da casa.
- Por aí... E por aqui?
Aquela merda de sempre: a imprensa espremendo sangue das notícias, os egos inflados, as amizades frágeis que se vão...E, por certo, um próximo livro a ser lançado.
-Bukówski?
Em resposta ela me deu as costas e foi comer uma maçã. E eu fiquei ali, feito boba. O que se pode exigir de uma criatura dessas? O que se pode exigir da vida? Tudo? Todos os compromissos e promessas, fidelidade e dedicação?
Alice N. era como qualquer um: aquela contradição.
Observando a figurinha mastigando sua fruta muito candidamente, eu sentia minha respiração voltando ao normal. Quando minha revolta esfriou de vez, lembrei, num estalo:
-Maffesoli! Claro!
E a vida seguiu.
Assinar:
Postagens (Atom)